Mas afinal, o que deve a velha Europa ao Mundo? Muitas coisas, boas e más, e sobretudo uma, que é ao mesmo tempo das melhores e das piores: o grande estilo na moral, a terrível majestade de infindas reivindicações, de infindos significados, todo o romantismo e todo o carácter sublime das problemáticas morais - e, por conseguinte, justamente a parte mais atraente, mais capciosa e mais seleccionada daqueles jogos de cor e de seduções para viver, em cuja cintilância arde hoje ainda o céu da nossa cultura europeia, o seu céu crepuscular - e, talvez por tudo isto, um dia se apague.
Mário Rui
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