Se tudo fosse mera questão de
dar mimos aos outros, talvez que pudéssemos fazer deles gente mais feliz, mais
risonha. Mas o problema, esse sim, é que entre a nossa teoria que devaneia e a
realidade que executa, medeia um pequenino muro que nem mesmo a mais conseguida
vontade de ter o próximo afortunado, consegue suplantar com a rapidez desejada.
Miramos um ideal, fantasiamos um mundo e, de repente, fustigados pelo chicote
da vida oposicionista, lá se demoram os nossos mais amados desejos. Por agora o
restolhar suave e uniforme da chuva grossa a encharcar o asfalto e depois um
Natal, um por onde passe estrela d’alva que traga uma funda certeza à nova
manhã feliz e sossegada de cada um. Peço pouco, muito. Conto, inventando de fio
a pavio, muitas prendas de certezas, venturas e carinhos! E que falta me fazem.
E que falta nos fazem.
Mário Rui
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