Esta senhora de espasmos políticos profundos e desoladores
indigna-se muito com o facto de, segundo
ela, Portugal ter demasiados licenciados (LER
AQUI). Ora bem, sosseguem os
espíritos nacionais pois há vozes que não chegam ao Céu e o importante é que
não nos indignemos nós próprios pelo facto de termos licenciados a menos. O resto, por banda da personagem, devem ser só
memórias do avô. Salvo alguns erros
lamentáveis e uns desvios imbecis, nos últimos anos, no que toca ao Ensino em Portugal, a verdade é
que, mesmo assim, a aprendizagem superior vale sempre a pena pois é uma arma
poderosa e que, no nosso caso, talvez até sirva para que os portugueses melhor
percebam como eram feitos os manuais de “moral” escolar alemã,
os seus “tratados de higiene popular”, com precisão e solenidade, os
imperativos de “limpeza corporal”, a sua “literatura filantrópica”, os seus “imperativos
éticos humanos”, e o número de “licenciados
“ que o país da senhora Merkel então produziu.
Tudo assuntos não muito longínquos no
tempo e exemplos vivos de “essência democrática e bom ensinamento” que lá mesmo
nasceram e, desses, nunca lhe ouvi
crítica dedicada. Mais do que nunca, os
deveres de cada um para consigo próprio estão atrofiados, mas falar dos outros
é um vigor atlético. Que ser séria era bem bom falado, mas o resto, tudo
patacoada.
Mário Rui
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