Bate certo... a incoerência. Também não era de esperar outra
coisa.
Decidiu o Governo a proibição e ficou muito contente como sempre
acontece a quem não sabe o que diz e o que faz.
Não tem portanto o dito
responsabilidade de maior na asneira que o seu cérebro expeliu por necessidade
de evacuação intelectual.
Pena é que até esta evacuação, infelizmente, nas
atitudes destes governantes, ande pela ruas da amargura!!!
Mário Rui
“Pasme-se que, durante o dia de hoje, somos surpreendidos com a
notícia que, em Lisboa, junto à Torre de Belém, e por ocasião da comemoração
dos 15 anos no festival “Rock in Rio”, foi aberta uma excepção e o espectáculo
pirotécnico vai realizar-se.
Ora, não há nenhum argumento técnico e de segurança que permita
validar a excepção para o caso de Lisboa, quando comparado com os outros
exemplos anteriormente apontados, no que às condições de lançamento diz
respeito – Ponte de Lima, Murtosa, Vila Praia de Âncora, entre outros.
Pelo que é legítima a pergunta: o que levou o Governo a exceptuar
o caso de Lisboa? Será o “peso” da capital? Será o poder económico e o ‘lobby’
deste festival? Uma coisa é certa, a indústria, sempre cumpridora e zelosa das
suas obrigações e da segurança dos espectadores, não pode ficar impávida perante
esta dualidade de critérios.
Esta situação é também, uma excepção face ao cenário de proibição
de anos anteriores; o que, mais uma vez legitima a indignação do sector.
Por fim, é inaceitável a leitura discriminatória que o Governo faz
deste pequeno evento (inserido no recente festival urbano), certamente
interessante para Lisboa, face à história e às tradições culturais de inúmeras
festas e romarias seculares um pouco por todo o país que um impacto económico
manifestamente muito superior, como é facilmente verificável.
Esperamos, com a esta missiva, alertar todos os intervenientes –
Governo, demais autoridades, empresas do sector, comissões de festas, público
em geral e comunicação social – para seja revista a situação em conformidade
com os interesses de todos”.
In Jornal O Minho – 06 de Setembro de 2019
Mário Rui
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