Quanta
vontade, talvez até quantidade, não é precisa para perceber a velha Europa!
Dir-se-á,
num primeiro e rápido lançar de olhos, que as nossas preferências, por seguirem
trajectórias diversíssimas, jamais coincidirão. E contudo, eis-nos aqui,
eleitoralmente juntos, numa espécie de escolaridade obrigatória que nos leve,
mais uma vez, a perceber melhor uma maré cheia de europeísmos, tantas vezes mal
explicados. Votamos, na esperança de que o incompreensível se torne finalmente
acessível de modo a que a pupila se detenha. Partidos e coligações concorrentes
às eleições, não faltam. E, fatigada a laringe dos discursos que levantaram
plateias, no próximo domingo lá vamos ao balancete. Postos ao serviço de uma
intenção nobre, cada um saberá o que fazer na caixa de voto (não gosto de
urnas). Aguardemos pois que o dito ainda tenha predicados de fôlego para com o
velho continente. Queremo-lo menos andante mas muito mais executante. Votem,
mas depois não se queixem.
Mário
Rui
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