No
Dia do Bombeiro homenageiam-se aqueles que deram a vida a lutar contra o fogo.
O momento serve também para entregar às corporações rádios que permitem melhorar
as comunicações entre as equipas.
Jornal
Observador
Dia do Bombeiro
Quero
estar verdadeiramente enganado quando afirmo serem poucos os avanços no que
toca à protecção individual dos valorosos bombeiros, nomeadamente a efectiva
entrega de mais e melhores meios que os resguardem do dantesco quotidiano que
infelizmente têm vivido em anos anteriores. Se tudo o que o Estado fez, desde o
último Verão e no sentido de acautelar a vida dos soldados da paz, foi entregar
equipamento de rádio-comunicação, é muito pouco. O que seria desejável era
cultivar o respeito às leis, que o próprio Estado não cumpre, criar condições
de combate a este flagelo de modo a que os homens empenhados em tal batalha não
ficassem com a certeza de que estão envolvidos numa iniciativa maldita. Marcha
feita nestes modos, é muito pesada e faz o coração bater forte. Ficamos com a
convicção de que a massa de bombeiros abnegados que serve o país, não o faz na
sua qualidade de seres humanos mas sim como máquinas, entregando o seu corpo ao
martírio. Tudo isto se deveria trocar não por palavras de circunstância, mas
antes por acção efectiva. A luta pela vida e pelos bens dos outros tem sido um
quadro excepcional onde só os corajosos bombeiros têm oferecido o seu ‘bom
coração’, quantas e quantas vezes infelizmente sacrificado ao seu bem! Quem
lhes havia de querer tirar este respeito? Ninguém, certamente! Mas o que
continuo a ver é a imprudente prevenção por banda de quem a devia apoiar,
imprudente pela sua comedida suavidade de decisão. E o Verão está aí,
novamente. Mais atenção para com os nossos soldados da paz é o mínimo que se
pede.
Mário
Rui
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