A procuradora-geral Adjunta Cândida Almeida afirmou
sábado que «Portugal não é um país corrupto» e que existe uma «percepção»
exagerada da dimensão deste crime, sublinhando que é dos poucos Estados
europeus onde se investigam «grandes negócios do Estado».
«O nosso país não é um país corrupto, os
nossos políticos não são políticos corruptos, os nossos dirigentes não são
dirigentes corruptos. Portugal não é um país corrupto. Existe corrupção
obviamente, mas rejeito qualquer afirmação simplista e generalizada, de que o
país está completamente alheado dos direitos, de um comportamento ético (…) de
que é um país de corruptos», disse a directora do Departamento Central de
Investigação e Acção Penal (DCIAP), numa conferência na Universidade de Verão
do PSD, em Castelo de Vide.
Não tem, não! Não tem bom-senso, não tem classe para ocupar
o lugar que ocupa e não tem o direito de chamar a todos os portugueses sérios,
de palermas e de ignorantes. Se de facto Portugal fosse um país governado por
gente competente, o que também não acontece, o mínimo que se apontaria a esta
senhora seria o “olho da rua”.
Como é possível num país da velha europa, num
país dito civilizado?, que se consinta semelhante discurso? Ofensivo do bom nome
de português honrado que se preze. A roçar a má-educação e a fazer de todos
nós, os que se sentem ofendidos, como que uma espécie menor, a quem se oferece
mentira sobre mentira e assim vamos ‘cantando
e rindo’. Mas, o que mais será preciso fazermos de modo a que nos tratem com a
dignidade que merecemos?
Não podemos continuar a fitar os olhos no Sol, nem o pensamento no divino! Já há muito
que chegou a altura de nos rebelarmos. Nos dias de hoje sentimo-nos roubados,
injustiçados e mal geridos. Não querendo o poder na rua, só nos resta uma alternativa. Nem voto nulo, nem
voto em branco. Abstenção. Pura e dura!
E no dia em que essa abstenção
corresponder a cadeiras vazias na Assembleia da República, talvez os senhores
políticos que nomeiam gente desta para cargos de capital importância para a
sadia vida comunitária ( digam-me que não são os políticos, enganem-me que eu
gosto), talvez, chegada essa hora, percebam quais os valores de que estamos
necessitados. Inocentemente quero acreditar que deste modo e ainda que não
consigamos descobrir muitas verdades, pelo menos extirpamos uns tantos erros.
E agora só peço à senhora que proferiu o tal discurso
mal-educado, que se veja confrontada, ler aqui!, com um seu par-de-função, e que resolva este contraditório. A
bem dos portugueses impolutos e a bem de um lugar que se quer Nação, Pátria, farol!
Demita-se
senhora procuradora-geral Adjunta Cândida
Almeida. Não nos volte a injuriar, nem nos vote ao desprezo!
Se acharem por bem, e a propósito desta iluminada alocução, também convirá
ler mais aqui.
Mário Rui