Não me interpretem
mal mas ontem fomos marrecos e os outros foram marrocos. Genericamente. Mas não
vou discorrer sobre a actuação da equipa nacional porque subitamente entendido
nestas andanças estratégicas do jogo, repentinamente patético no que possa vir
a dizer, que não digo. Somo só que, de posse da esperança inteira de vitórias
mais convincentes, daquelas que emocionam o semelhante e convencem os
renitentes, choram as mulheres, comovem-se os homens – quando não vertem também
lágrimas – por ora a procissão vai no adro. Apesar de tudo, a turma ainda é
capaz de dar sinal de si com a generosa protecção de Ronaldo e outros bons que
lá há e, se bem que difícil, não é, pelos modos deles, impossível de levar o
cisma da conquista até ao fim. E agora, para acabar, esta coisa preciosa; a
semente está dentro do fruto e, quem sabe, não seremos nós capazes de um
esforço de vontade, e de um atrevido assomo de competência que nos leve à
conquista do caneco? Aguardemos pois com calma pés que, se alguma coisa
prejudicam, muito mais ainda remedeiam. Até porque conseguir imitar os
melhores, é já um mérito. E se lá não chegarmos, paciência. Contentamo-nos com
aquela paz de alma que sempre vem na recompensa de um dever não conseguido. Já
em Alcácer-Quibir foi assim. E viva Portugal!
Mário
Rui
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