«Marcha
dos vivos» lembra drama de Auschwitz
Jovens hebreus de
todas as partes do mundo, chefes de governo e sobreviventes do Holocausto
juntaram-se ontem em Auschwitz para a “Marcha dos vivos” entre o campo de
concentração nazi e os fornos crematórios de Birkenau, a três quilómetros de
distância – um percurso que separava a vida da morte no horror do extermínio
hitleriano.
20 mil pessoas
uniram-se, a pouco mais de dois meses do aniversário de libertação do campo,
para que os 6 milhões de judeus vítimas da Shoah não sejam esquecidos, pedido
efectuado, aliás, pelo primeiro-ministro israelita, Ariel Sharon.
Auschwitz-Birkenau,
onde morreram durante a II Guerra Mundial perto de dois milhões de pessoas,
sobretudo judeus, permanece como o símbolo negro do regime de Adolf Hitler. A
27 de Janeiro de 1945, os soldados do Exército Vermelho entraram no campo de
concentração, situado no sul da Polónia, onde encontraram cerca de 7.000
deportados.
“Não devemos ceder
diante das ideologias que justificam a possibilidade de violar a dignidade
humana, fundadas na diferença de raça, da cor da pele, da língua ou da
religião: renovo este apelo a todos e, sobretudo, aos que em nome da religião
recorreram a abusos de poder e ao terrorismo”, dizia João Paulo II na mensagem
que enviou para as celebrações do 60º aniversário de libertação.
“Não é permitido a
ninguém passar com indiferença diante da tragédia da Shoah”, frisou.
Mário Rui
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