New York Times compara destino do burro mirandês ao dos portugueses | iOnline
A capa da edição europeia do “New York Times” é dedicada ao burro mirandês, que se encontra em vias de extinção e cujo percurso serve como metáfora para a situação económica e social do país.
Metáfora? O tanas!
Finalmente não percebi se a intenção era falar do burro, se da nossa ex-agricultura, se da UE ou apenas de Portugal e dos portugueses. Do mesmo modo, também tenho fundadas dúvidas quanto ao interesse do texto, se pretensamente educativo ou didático, ou mesmo coisa nenhuma. Em qualquer dos casos e uma vez que já estamos pelos cabelos relativamente a tudo quanto de menos bom nos acontece, parece-me ser artigo a descartar. E digo-o já que o nosso país se tornou, infelizmente, eterna fonte de consultas para “esclarecimentos” variados. E quando aparecem, sobretudo vindos de um certo lado do Atlântico, sempre desconfio porque vêm e especialmente ao que vêm. Mesmo não sendo adepto da recorrente “demonização” do estado americano a que por esse mundo vamos assistindo, devo concordar com os que acham que das terras do tio Sam emana frequentemente um certo analfabetismo funcional. É o que depois dá ajuda a uma já existente contaminação moral e social do nosso país, através de habituais venenos idiotizantes testados em outras paragens e que, a julgar pelo que a muitos já aconteceu, pouco de útil nos acrescenta. De tudo a mais um pouco, enfim, já não há tema obscuro que os donos do mundo não obscureçam ainda mais. Pronto, então fico-me pelo título de “penduricalho” inócuo quanto à capa, ainda que ‘europeia-americanizada’, do NYT. Ao autor do artigo, um tal ‘inspector’ Raphael, apetece mesmo dizer-lhe que cá, ou na terra de lá, faz sentido lembrar um atinado provérbio de origem portuguesa que diz; «burro velho não aprende línguas». Mas não é por ser velho, é mesmo por ser burro. Daí que alguns burros nunca tenham tentado discorrer sobre a burrice de outros tantos em outros países! E ainda bem....
Mário Rui