Estamos
a escassos meses de mais umas eleições legislativas. Significa isto que, à moda
antiga e de duvidosa eficácia, vamos apanhar novamente com arruadas, comícios,
passeios marítimos, terrestres, aéreos e por aí fora. No entanto, ainda há
pouco saídos de outro acto eleitoral, as Europeias, permanecem nos seus lugares
de eleição (também), os cartazes dessa campanha de 26 de Maio de 2019. O
sentido desta série é, portanto, nitidamente, o de continuar a transmitir a
ideia política subjacente, encarnada no símbolo partidário e nalgumas caras, por
sinal muitas delas feias como o diabo. Mas enfim, isso até seria o menos
importante não fosse o desrespeito à Lei que se aplica aos mais vulneráveis,
mas nunca a esta gente. Por aí se mantêm os cartazes, as carantonhas, na
aplicação rigorosa dos princípios às vezes mais anti-higienicamente sociais,
ambientais e, pior, avessos à Norma. Se são estes os exemplos de
(in)cumprimento da regra estabelecida por direito, então vão todos às malvas
com a vossa prosápia quando apontam o dedo a terceiros que fogem a outros
preceitos normativos. Agora já são lixo aos olhos de quem os vê. E lixo, muito
lixo, a um olhar que já não consegue enxergá-los, ou tão-pouco espantar-se, à
velocidade de que os expostos gostariam de crescer no ventre das suas mais
sórdidas manias de evangelizar pasmados. Já foi tempo de cumprir, já é tempo de
remover a proliferação das propostas gremiais, já é tempo de respeitar a
democracia, a legislação e o ambiente. É que quanto menos se cumpre a
obrigação, mais cada um se crê no direito de acusar o infractor.Tenham decoro!
De facto, continua a reinar um descompasso crónico em relação a estas forças
políticas, ou seja, o fecho de uma qualquer eleição, para o catador de lixo, é
o sinal de que já perdeu o emprego! Para o restante cidadão é a certeza da sua
vulnerabilidade à falsa mensagem.
Mário Rui
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