Barreiras
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É
lamentável que outros mundos, que estão neste, a tanto obriguem. E quanto mais
maldoso se torna o fanático, mais se entranha nos racionais a indignação contra
este mal, muitas vezes sem rosto, do qual todos se começam a sentir vítimas. A
preparação, a execução e, parece, até o inquérito, tudo isto está a cargo dos
criminosos. Por agora, resta-nos erguer barreiras protectoras distantes do
público. Claro que precaver é preciso e, assim sendo, cumpre dizer que já não
há festas como antigamente. Agora, arraial é quase como fazer um adeus às
relações pessoais ou então dizer-se que não há festejo mais belo do que a
vigilância. Assim vai o mundo, afinal uma história para meditar, uma obscena
interjeição. Vigiemo-lo, pois, se outra coisa não estiver ao nosso alcance!
Mário
Rui
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