(26 Janeiro 2017)
Das
notícias encomendadas é que não sou adepto.
(LER
AQUI)
Tão-pouco
discuto, obviamente, a utilidade dos serviços de saúde locais para os
respectivos utentes.
O
que me causa estranheza íntima, mas condoída, é saber da pressa dirigida ao
rigor do número de pessoas atendidas, do número preciso de episódios de
urgência acudidos, das comparações homólogas estabelecidas, quantos munícipes
do concelho foram atendidos, quais os utentes que preferiram o novo serviço, e
por aí fora, conforme se pode ler na notícia encomendada a que aludo.
É
caso para dizer que o mentor da notícia, e eu percebo bem quem terá sido, empenhou-se
freneticamente neste endosso às redacções dos jornais para justificar uma
medida que a muitos espantou e com razão.
Ou
seja, não vá o diabo tecê-las e antes que os outros contestatários e
necessitados de igual serviço na sua terrinha engrossem ainda mais o protesto,
adiantemo-nos e mostremos pois que a medida tomada em SJ da Madeira foi
acertada.
Bom,
que o serviço esteja a funcionar, eu aprovo, até me agrada saber que mais
médicos tratam de doentes.
Agora
que alguns jornalistas e jornais continuem a fazer favores a minuscularias
arranjadas ao sabor do poder político vigente, dando cobertura a notícias deste
calibre, isso é que me confrange.
Não
por muito, mas apenas porque notícia, mas notícia que a muitos serviria
realmente, era esta: «Estarreja reclama com razão um serviço de urgência no
Hospital local».
Mas
isso, jornalistas e jornais, com a actual corrente política que se diz a
governar Portugal, seria seguramente acumular uma maior soma possível de
perigos.
Saber
dos riscos potenciais, bastaria tal, que a CIDADE de ESTARREJA corre (faz hoje
anos, por sinal), nem quero explicar quais, daria pasto mais que suficiente
para que jornalistas de verdade e jornais credíveis alimentassem notícias sobre
o assunto e então, estou certo, mesmo contra a vontade de muitos interesses
partidários, a porta da Urgência da minha terra estaria aberta na manhã
seguinte.
É
uma pena que se me esgotem as forças da paciência para continuar a aturar a
asneira de uns e outros, assim tão acessível, e a própria banalidade de uma
imprensa que quer tomar foros de profundeza com notícias feitas por encomenda.
Mário
Rui
___________________________ ___________________________