Afastado
comandante do ... canhão. Apenas! (LER
AQUI)
O
que me espanta não é propriamente o troar do canhão. Fico perplexo é com a
serenidade dos que nada temem antes mesmo de consumado o acto. Por toda a parte
a mesma falta de ética, de responsabilidades, algo que mais não é senão o
retrato deste pobre país de toleimas e impunidades recorrentes, a fingir de
nação séria, adulta e da Europa. Na verdade, o que vem a ser este, e muitos
outros casos semelhantes? Como é que tantos se arrogam o direito de, assim
apelintradamente, se borrifarem para a grande linha divisória que deveria
separar os direitos dos deveres? É simples, a resposta. É que os exemplos, quer
por baixo, dos lados, acima de tudo isto, dão azo a que coisas assim possam
acontecer sem apelo nem agravo. Não será culpa da democracia, mas antes do sistema
instalado, o que é ainda mais lamentável, pois quando por aí se fala em aprumo
pessoal, fundamentos da moral, condutas exemplares, quer isso dizer
simplesmente que se pede uma vassoura e a carroça do lixo. E depois
organizam-se investigações, fazem-se inquéritos, interrogatórios, mas pouco se
apura. Tudo fogo fátuo porque os muitos que têm consentido tal estado a que
chegámos, continuam a achar que os cabotinos e aventureiros do país devem ser
protegidos. Ou seja, blinde-se tudo o que até hoje tem mantido em Portugal o
predomínio dos piores.
Mário Rui
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