Estive lá. Desde logo porque queria apoiar uma das
duas equipas que me preenchem o clubismo sensato. Na circunstância, foi o
Benfica, amanhã será o Clube Desportivo de Estarreja. Uma hora e meia plena de
forte paixão, em Coimbra, que foi mais longa do que uma hora e meia de relógio.
Sobre o jogo, foi o que foi e nem sequer pretendo expor o meu estilo de adepto
para dele falar ainda que, obviamente, me tenha sabido muito bem a vitória do
Glorioso. O que aqui me convoca é tão-só a lesa (des)elegância da Académica de
Coimbra, não da equipa mas de quem porventura assim decide, quando, antes mesmo
do prélio se iniciar, dá nota pública da constituição da equipa da Briosa –
através do sistema de som e do ecrã do estádio - sem jamais usar do mesmo
critério para com a equipa visitante. E não me venham com lérias já que, há
pelo menos quarenta anos, na minha terra, que por mero acaso é terra de poucos
doutores mas de sobeja educação, e no Estádio do Clube Desportivo de Estarreja,
eu próprio anuncio a equipa visitante e a que lhe vai estar defronte. Pode
custar-me, às vezes? Talvez, mas em todo o caso, ao fazê-lo, sinto que ganho, e
o Clube da minha terra também, um enriquecimento próprio que nos evita um
empobrecimento mental. É a nossa Universidade, local onde aprendemos a ser uma
educada ocupação. Falta de educação, especialmente em terra de muitos
“sabedores”, é que é terrível e lamentável! Boa noite.
Mário Rui
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