Acontece
mais uma vez o que já é normal na história da moderna banqueira aristocracia
portuguesa, a saber: foi predita. Mas também mais uma vez os políticos, os
governadores do BdP e a própria Justiça, não fizeram caso destes homens. Mercê de tudo isto, produziu-se o vergonhoso fenómeno de deixar Portugal e os portugueses a navegarem mais à
deriva do que nunca, entregues a gestões insalubres, ignóbeis. Toda a “cultura”
que se construiu em cima de actos como os praticados por esta gente, custa-me
muito dizê-lo, não será jamais senão um monumento à miséria de um país e de um
povo. Bem podem falar alguns de ética laica e outros em educação para a
cidadania pois tudo o que sinto é que as acções da tal aristocracia já nada
significam além de infracções. Se vivêssemos num verdadeiro Estado de direito,
acções e declarações como as que vamos vendo e ouvindo diariamente, neste
inexorável caminho para o abismo, seriam logo à nascença desmascaradas e
punidas tal é a futilidade de teorias que não assumem a responsabilidade das
suas consequências históricas. Que tempo
rasca vivemos; é o orgulho do fracasso que impera, que condiciona, que diz como
deve ser a nossa vida. O desespero e a frustração causados por esta longa sucessão
de derrotas nesta batalha contra os males do dinheiro que nos roubam,
conferiram já a este “modus operandi” um estatuto quase religioso, ufanismo do
mal! Assim, não sei se Portugal resistirá ou se se deverá conformar como mero
entreposto de qualquer coisa.
Mário
Rui
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