RUI
MACHETE MUITO «PREOCUPADO» COM A SITUAÇÃO NA UCRÂNIA
Pois, com a guerra acho bem que se preocupem. Esquece-se o governo nacional
é que há mais guerras e manda o bom senso que a prioridade seja dada a uma das principais
comunidades portuguesas e de luso-descendentes do mundo, calculada entre as
marcas dos 400 mil a pouco mais de um milhão de pessoas. Só para lembrar, vivem
na Venezuela. É gente!! E é inquietante que não ouça igual cuidado com estes
nacionais – na Crimeia ou na Ucrânia quantos são? - até porque continuando a
situação a evoluir na direcção em que tem evoluído, já deviam ter sido tomadas
medidas sérias no sentido de proteger as vidas e os bens dessa gigantesca
comunidade. Já assistimos a uma “descolonização” que envergonhou Portugal e o
mundo, pelo que este facto deveria ter sido o ponto de partida do siso governativo de
modo a minorar o sofrimento de quem lá está. Ou estão à espera de igual
tragédia como a acontecida no antigo Ultramar Português? Completamente alheio
aos interesses destes portugueses, parece haver intenção de os sacrificar em
nome de contratos e investimentos proclamados à boca cheia. Dão votos estes
miríficos protocolos, mas o que indubitavelmente nos está mais próximo e mais útil,
são os nossos conterrâneos e a sua incomparável contribuição humana. Nós e os
nossos sinceros patrícios temos um gosto especial em saber do carácter de quem
nos governa e também em saber se os homens que mandam são ou não gente com
substância ou vazios de convicções. É nestas alturas que se nos revelam.
Lembrem-se pois dos sinais preocupantes que vêm da Venezuela, falem-nos deles,
não se limitem à percepção do que nos é alheio e não nos ajuda enquanto
afirmação de país. A comunidade portuguesa e de luso-descendentes radicada
neste país é importante o suficiente para que lhe seja dada outra atenção.
Nunca silêncios!
Mário Rui
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