Numa recente
entrevista ao jornal Expresso, Durão Barroso disse, sem ser questionado sobre o
tema, que enquanto foi primeiro-ministro (entre 2002 e 2004) chamou por três
vezes o então governador do Banco de Portugal a São Bento para "saber se
aquilo que se dizia do BPN era verdade", indicando possíveis
irregularidades no banco nacionalizado pelo Estado português em 2008.
"Nunca recebi
qualquer informação sobre possíveis irregularidades concretas no BPN. Depois de
tantos anos, não recordo qualquer convocação exclusivamente sobre o BPN",
afirmou Vitor Constâncio, que convocou os jornalistas para falar sobre o tema,
à margem das reuniões do Eurogrupo e Ecofin que se realizam em Atenas.
ECONÓMICO COM LUSA
01/04/14
Jacques de la Palisse
não foi achado nem chamado para criar este truísmo.
É assim; se um dos
dois fala verdade, então um dos dois fala mentira. Não é assim tão difícil de
perceber entrando em conta com a desgraça que se abateu sobre nós produto da
mentira ou da verdade com que fomos confrontados ao longo dos últimos anos.
Esse é que é o genuíno e irrefutável dado a reter, tudo o resto são sandices
próprias de uma casta política, e não mais que isso, de cariz eminentemente
desrespeitoso para com os seus semelhantes. Uns por omissão do cumprimento do
dever aos mesmos confiado, outros por mera disputa das (in)civilidades
políticas, apostando eu que ambos se julgam vestidos de preceitos de rigor, apenas
atingiram o degrau mais baixo da ciência urbana que se julga um prodígio sendo
no fim só uma mera monstruosidade criada por homens de pouco saber, ser e ter. Apetece-me
dizer que a decadência das tabernas é uma forte decadência geral da democracia
contribuindo deste modo e inegavelmente para o enfraquecimento da igualdade que
ansiamos. O que havemos nós de fazer? Tapar os ouvidos, calar a voz, adormecer
em sonhos, ou denunciar este igualitarismo tonto e falso que vem destas “magnas”
discussões de bodega? E mais juro. Haverá por certo alguns votantes que
continuarão a negar a necessidade das penas e dos castigos e ainda por cima
destes dirão ser coisa feia e humilhante de aplicar a alguma gente. Pobre
Portugal, quem te disse que eras filho deste milhão de factos exemplares de uma
república de maus ensaios e péssimos poemas e ainda assim mal cantados? Mesmo
que quiséssemos recorrer ao termo clássico
e certo, a educação, mais não teríamos senão a ideia de que tal mandamento é
tão-só uma forma de culto da inverdade e jamais, como deveria ser, o honesto
culto dos factos. É isto que leva o meu amado país, disse bem, amado país, a
escrever o que realmente pensa sobre a política que por cá se faz; é uma coisa
que se apodera de nós mas com gravidade suficiente para nos entorpecer o
pensamento e a acção. Não, já o disse antes,
nada disto é aversão à minha Nação, é só dó da minha Pátria!
Mário Rui
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