Mas
então tu não vês que é uma injustiça envelhecer? E será que ninguém vê que
nascemos para ter asas e que nos sentimos roubados por não nos podermos servir
delas? É pena, triste, que no duelo entre a idade e o tempo, só haja um
vencedor. Já se contava que o choro do ídolo não era de hoje. E que vida grande
juntos no dia a dia, no serão, sob a luz do mesmo candeeiro e em volta da mesma
bancada de trabalho. Que dedicação, que lealdade e que solidão na casa paterna.
Fica a poesia das coisas e dos sítios. É pouco!