Não
há que desistir. O que tiver de ser, será. Temos pena, muita pena, mas pelos
vistos a condição de um qualquer banhista em 2020 é sofrer. Também me parece
que por muito que se discuta o assunto, o mais que se conseguirá é prolongar a discussão até ao infinito, em
linhas paralelas, o que por si só já revelará bem a inanidade dos debates. Mas eu
acho que nem isso vai acontecer. De resto, só de ler este “Manual do Regime
excecional e temporário para a ocupação e utilização das praias, no contexto da
pandemia COVID-19”, penosa transição do que já foi para o que vai ser, o melhor
é fugir para o campo e levar o arado atrás. É que, apesar de tudo, com os
progressos da mecânica, sempre deve ser melhor lavrar a terra do que frequentar
praia tão cheia de regras. E, depois, em não havendo maresia que nos embale em
ária tonificante, sempre podemos contemplar as leiras feitas direitinhas já que
mais seguras do que as curvas são as linhas retas. E assim nos furtamos à
leitura deste Manual da Nova Praia, bem capaz de cavar a nossa ruína cerebral e
com ar de lhe ficarmos ainda por cima agradecidos. Cavar por cavar, cave-se
então noutra areia, noutro “mar”, mesmo que, infelizmente, não fiquemos com a
obsessão das sardinhas assadas. O
dito compêndio balnear, pode ser estudado, mas não sem antes tomar um bom
estimulante, aqui; https://www.jn.pt/infos/pdf/manualpraias.pdf
Mário Rui
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