Não
sei se o Sol é para todos, mas gostava que assim fosse. Que a todos juntasse
auréolas, assim quentes de recordações, porque há janelas por onde ele entrar
que valem um tratado de felicidades e com poemas íntimos e inteiros de
delicados sentimentos. A filosofia céptica larga-nos e longe de nos atrair com
pesadas imaginações, só nos desperta simpatias. Se chega o ocaso de laranja
pintado, com ele vem o horizonte dos pensamentos que nos coroam as paisagens
longínquas do que já fomos. Até o quente da noite pelo que ficou do soalheiro
do dia faz jus à sua fama de boa conselheira. E quanto mais cálida, melhor.
Aflora-nos uma idiossincrasia que mais não quer senão que a sigamos com a vista
e o pensar. Precisamos do sol para com ele lidarmos todos os dias em gestação
mental de modo a fazermos do bem-estar um som que reclama um eco. Frases
cortadas, exprimindo muito, mas deixando ainda mais a adivinhar. Amanhã,
precisamos de novo do Sol!
Mário Rui
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