Se
um dia destes ainda houver risco e gravame maior do que aquele a que assistimos
ontem, e isto porque certas naturezas têm necessidade psicológica de arranhar a
paciência dos sensatos, eu proponho então que se comece a fazer a encomenda das
lápides que assinalarão o acto heróico dessas faúlhas de substância rebelde que
se acham no púlpito, exigindo de cátedra, negando a ciência, preferindo a
tribuna e violando a lei, através dos títulos rotos dos seus direitos(?).
E
vem aí a praia, que vai certamente ser hora de outras irresponsabilidades, hora
de outras imprecações veraneantes, também de outros anátemas, outras
interpelações súbitas e até a cólera dos fora-da-lei vai golfar.
Pelas
amostras tidas, é isto mesmo que vai acontecer se nada se fizer que obste a
essas vicissitudes cruéis.
E
se não me quiserdes aceitar como adivinho fiel desses futuros dias, com os
quais me desconsolo, aceitem pelo menos o conselho: trave-se a onda que nos
pode levar ao abismo.
Olhem
que posso não ser grande na inteligência, mas acho-me grande entre os
experimentados a ver a fraqueza de cabeça de muita gente.
Na
praia, há muita areia. E cabendo a vez a muitos de nela enfiar a cabeça, fica a
sugestão quanto ao buraco onde a meter.
E
não há querer, ou não querer. Se executada a medida, mais não fará senão
arrefecê-la e esvaziá-la de ruinosas imoderações.
Mário Rui
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