Então?
Mas isto só resulta do facto de que existe um prazer instintivo por parte de
alguns a estarem ligados a alguém que mostra os mesmos defeitos, as mesmas características
de comportamento. Se assim não fosse, certamente não haveria buraco! É de facto
aqui que reside o buraco! Como assim? É fácil; dado que conceder crédito a
certa gente parece ser também um ganho para quem o permite, quem se recusa a
fazê-lo empobrece. E, claro, não quer. Não vejo outra explicação. E, mesmo sem
o propósito do insulto a estes senhores todos que compõem esta série de
influentes malquistados, por gulosas pretensões sempre deferidas, só me resta
dizer isto: não provem, não apalpem, não cheirem, não oiçam, não vejam mais
coisas nocivas à serenidade da banca nacional de modo a que ela não mais vos
pese na má-consciência. E agora quem paga o prejuízo? Os mesmos de todos os
dias; aquela sociedade de gente honesta, mais pura do que qualquer outra, mais
humilde, aquela em que o vício da gula nunca foi a razão de ser de toda a queda
do país. Isso de queda, é convosco!
Mário Rui
___________________________ ____________________________
___________________________ ____________________________