Crónica
da costa perdida (VER
AQUI)
Da
mãe-natureza nem sequer me atrevo a falar. É como é, e ela lá sabe porquê. Respeito-a! Quero é lembrar que de norte a sul
do país há muitos que se acham no direito de chamar a si a paternidade de uma
natureza livre e sem amarras que, desrespeitada por tais falsos protectores, se
vê aflita e na contingência de sacudir a barbárie emergente. O ‘espectáculo’ castigador
que se nos mostrou nos últimos dias vindo da tal mãe sabida, a Natureza está
sempre aí e sustém-se a si mesma, acaba por ser a soma do conjunto das forças
que obram no Universo, talvez em certos casos as menos flageladoras, mais as
outras forças ocultas e interessadas que vão invadindo terrenos sagrados.
Julgam tais invasores que na selva se pode ser selvagem impunemente. O
resultado de semelhante selvajaria, está à vista. Muito do acontecido, tem só a
ver com a depravação infligida à costa portuguesa e especialmente ao proveito
que o homem ganancioso recebe da mesma sem que lhe dedique qualquer gratidão.
Quase apetece dizer que até neste domínio a corrupção alastra, qual areia da
praia que se nos escapa entre os dedos de uma mão!
Mário
Rui