Hoje,
em Lisboa, tocou-se Portugal! Na Avenida, não importa qual, assistiu-se a um
mar de sons que celebraram Portugal, a Independência e a Restauração
O
Movimento 1º de Dezembro, a Câmara Municipal de Lisboa e a EGEAC, em parceria
com outras entidades, apresentaram o 4º Desfile Nacional das Bandas
Filarmónicas de Portugal.
Cerca
de 1500 músicos, provenientes de todos os distritos de Portugal, desfilaram,
tocaram música, deram cor ao País, no âmbito das Comemorações do 1º de
Dezembro. Quer instrumentos, quer executantes, foram fisionomias do carácter
cívico nacional, arquitectura também moral que afinal contou, mais uma vez, as
lutas da inteligência de um povo por vezes interrompidas por umas certas
consciências estrábicas. A música, de mãos dadas com o simbolismo de uma nação
majestosa feita de sociedade musical sábia, foi deste modo a boa-fé dos que
defendem a causa de um Portugal com incumbências populares. Só assim teremos
terra fecunda onde sons e tons como os produzidos hoje, se misturam na
compostura de uma independência que se quer eterna, ou não contássemos para o
efeito com verdadeiras dinastias de gente que toca com fôlego a origem
histórica da portugalidade que somos. Assim gosto do 1.º de Dezembro, assim
relevo da importância das filarmónicas sociedades que nos bastidores preparam
as apoteoses da restauração, ou do que for, assim, finalmente, a coroa
portuguesa fica voltada para cima.
Mário Rui
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