Ministra
apela aos portuguese para que não deixem de trabalhar (LER
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Pois é! Dito assim até parece que é
coisa fácil de fazer. É claro que a autonomia e a responsabilidade individual
devem estar presentes em tudo o que fazemos. No entanto, nesta guerra da SAÚDE
contra adversário INVISÍVEL, o pior de todos, quem má cama fizer –
involuntariamente - nela se há-de deitar. E desconfio que depois de assim feita,
jamais a conseguirá refazer. É que o risco é de tal ordem que eu não
encorajaria ninguém a procurar o sofrimento como uma espécie de oportunidade
para morrer. Eu sei que a senhora ministra está cansada, aplaudo-a pelo empenho
que tem demonstrado na condução do momento que vivemos, mas contenha-se. Acho
sinceramente que deve repousar e, depois, mais fresca para as batalhas que se
avizinham, talvez venha a perceber que quanto mais curtos em palavras forem os
discursos políticos, mais se mantêm afastados de inspirar pensamentos
perigosos. “Os ingleses mantiveram-se a trabalhar”, é verdade. Pois foi, mas o
inimigo tinha rosto, tinha orgânica pessoal, tinha alvo, sabia quem matar. Nós,
lutamos todos contra um fantasma que veio lá das profundezas biológicas. Não é
inimigo de ninguém em particular, não é sequer inimigo de quem o chateia, é
inimigo do planeta que habitamos. E, não obstante o denodado trabalho de quem
tem mando, de quem pode curar, mas também de quem sofre, como é que este
vagabundo cometeu a indignidade de fazer gala da sua invisibilidade para nos
acossar a vida? Falemos então do modo como travar melhor esta terrível peleja
da fera contra nós. O resto, senhora ministra, se vencermos a contenda, mesmo
que fiquemos pobretes, seremos sempre alegretes, ou não fossemos raçudos
portugueses.
Mário Rui
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