“True News” para espanhol se alegrar. “Fake News” segundo alguns portugueses sobejamente dotados
O apresentador perguntou a Sobral Salvador se ele era o Cristiano Ronaldo da música. O resto, basta ouvir, ao minuto 16’07”, é uma verdadeira lição de portugalidade mostrada ao mundo. Uma pérola! Ainda por cima dada em Espanha, consentindo Salvador, entre risos, com a chacota espanhola – encoberta, mas bem entendida por qualquer avisado, apesar de inexistente para alguns letrados lusos. E ainda a reafirma. Com portugueses destes, que entregam de mão beijada “o ouro ao bandido”, estamos conversados. Manda algum orgulho nacional (sem chauvinismos de espécie alguma) que, quando se é português e sobretudo patrício de um enorme e notável português, se combatam certas massas espanholas barulhentas e cínicas pois, na asfixia de não terem figura semelhante, tudo fazem para prostituir o que de mais extraordinário temos! Mas enfim, somos assim mesmo. Insistimos em fingir que sabemos aquilo que não sabemos quando afinal saber que não se sabe é que é saber.
Talvez
gostasses de ser. Mas não és! E pelos jeitos que a coisa leva, parece-me que
dificilmente lá chegarás. Por enquanto és apenas um puto parvo que passa, como
qualquer outro idêntico, no meio da geral indiferença. Naturalmente, um génio,
dirão uns. Respeito a opinião. Mas eu, encolho os ombros em ar de dúvida –
naturalmente um fedelho idiota. Haja alguém que te diga que tão depressa
reconheças as asneiras que fazes, tão rapidamente te mostrarás inteligente. E
nunca esqueças que para vencer, é necessário, em primeiro lugar, a têmpera dos
esforçados e a crença dos predestinados. Como o Ronaldo. Aprende com ele, se
puderes.
Eu
não me importo mesmo com a Melania. E você? Importa-se?
Chateia-me
é o marido e ela juntos. Quando solidários e mortinhos por desentupirem a
aflição, então eis senão quando lá vem coisa longínqua de bom senso, bom gosto
e, ainda por cima, sem fanfarra. Melhor teria sido com muita força nos pratos e
no bombo, toda a graça no clarinete e nos ferrinhos e depois um louvor com
penduricalho na Casa Branca. Há sonetos tão maus que não há emendas que lhe
valham.