Não
sei se o homem é ou não culpado dos crimes pelos quais foi condenado e disso
também não me vou ocupar. Devo reconhecer a minha preguiça mental para entender
um país que se organiza de manhã, desorganizando-se à tarde para, à noite,
talvez se deitar com intriga que eu não conheço. Falo da política brasileira,
toda. O que aqui me convoca é antes, opinião minha, a infeliz capa do jornal i.
Para jornalismo que se acha ‘censor’ e ‘educador’ de leitores, eu adivinho o
quão efémero deva ser o influxo moral que as suas capas devam produzir na
plateia. Afinal há mais correios da manhã do que julgávamos. Lamento é que o i ainda
não se tenha lembrado de capa semelhante para o presidente angolano. Não será
certamente por falta de habilidade mas talvez por falta de outra coisa a que
vulgarmente se chama coerência e independência. E, já agora, Maduro também dava
uma excelente capa. Estou só a dar ideias, mas pensem nisso, talvez o patrão
Angola não vos sancione e o Nicolás não vos feche a porta de uma vez por todas.
Experimentem. Mas sempre tendo em conta três coisas; o que é uma capa de
jornal, o que foi o grande José Vilhena (1927-2015) e o que são os homens
elásticos dos circos!
Mário
Rui
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