Outra vez neste agonizar de saberes
(LER
AQUI)
É em nome de slogans do tipo “que a escola seja um lugar mais feliz”, “exames
são uma violência”, “acabou essa aberração dos exames nacionais no quarto ano”,
que esta gentalha pede ao país a sua própria ruína cultural. E vaí daí, há uma
facção parlamentar cúmplice destas trevas da incomensurável cruzada santa
contra o saber, que aquiesce com este agonizar, convencida que o desmazelo e a
preguiça nos vão colocar ao lado das nações desenvolvidas! A sentença está
lavrada; dizem ainda os defensores desta medida que, para escolas diferentes,
isto é, situações sociais diferentes, devem existir programas diferentes.
Acrescentam que as crianças mais desfavorecidas não têm de saber o mesmo que as
que são ricas! Gosto mesmo deste socialismo que espalha germes convergentes a
um ideal comum de sabedoria, de conhecimento! Pulhice pública, é o que é! E o
pagode, cheio de tangas novas, cabisbaixo e desinteressado, alinha nesta
filantrópica partilha de propósitos “justiceiros”. Alguma opinião pública mais
esclarecida ainda vai retendo os nomes e a estupidez vinda das forças afeitas a
esmagar a esmo o pouco de bom que ainda temos. Pena é que não queira indagar se
o vilipêndio ao ensino é legal. A sentença está lavrada! Agora é só esperar
pelos novos entorpecimentos mentais que aí virão e então depois navegaremos por
certo em excelente porto franco de tolices, de gozo de imunidades, afinal um
Ensino à portuguesa que farte de vanglórias alguns políticos que sacrificam a
escola à nota imbecil de uma política dita de esquerda.
Mário Rui
___________________________ __________________________