Tenho
assistido aos debates entre os candidatos à presidência da República. Ainda bem
que terminam hoje estas (in)diferenças olímpicas e suas pobres consequências
entre cada um dos pretendentes a Belém. Sobretudo porque agora, e com uma
serenidade budista, já posso dizer que percebi bem a medida do carácter dos
seus autores e da causa a que servem. Da influência dos presidenciáveis num
Portugal de futuro é que não percebi muito já que a elevação de linguagem nas
causas escolhidas e defendidas deixou muito a desejar. Só faltou o dedo em
riste a roçar o nariz do adversário tal foi o maquiavelismo autopromocional de
algumas candidaturas e, em especial, a ausência de um quadro maior da história
das ideias que façam enriquecer os eleitores e permita erradicar de vez a
política trauliteira. A única conclusão séria que consegui reter e, já agora,
não me parece despiciendo referi-la, é que seria bom que os candidatos
soubessem como vencer um debate sem precisar de ter razão. Apesar de tudo, que
cada eleitor vote como muito bem lhe aprouver.
Mário Rui
___________________________ ____________________________