É
bem certo; tudo na vida é uma questão de “galo”. E, não tendo eu, confesso,
grande “galo” com certas coisas, outras há que sobejam para me entreter e não
chegam para me cansar. E não vale sequer a pena pensar muito, sobretudo se
insisto em “galar” alguma causa pois nunca mais perceberia a razão pela qual há
verbos que são tão pouco respeitados, coitadinhos. De resto, se o dia de
amanhã, a seguir a um sábado, é sempre um domingo, e normalmente meio parvo, o
melhor que há a fazer é começar já a juntar-me a gente de inegável talento para
o puro e bom humor. É que se isto continua por muito tempo na mesma atonia, acabo
dependente de assuntos que ficam em águas de bacalhau. Mal por mal, venha um
“galo” vaidoso e cheio de trela. Eu dou uma gargalhada e o PAN também, se
calhar. Que diabo, depois do Elmano Sadino nunca mais soubemos rir. Ríamos
pois! Com um “galo” à antiga e daqueles de vida airada, pomos cá p'ra fora mais
décimas de alegria do que uma sociedade por quotas.
Mário Rui
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