O
que vamos ter no próximo domingo, eu não sei. O que tenho como certo, eu sei.
Será um rol impressionante de vitórias vindas de quase todos os quadrantes
políticos , em alguns casos não mais que uma fleumática conquista, noutros uma
colérica celebração de sucesso, haverá
ainda delirantes triunfos que irão variar em função das suas próprias mesclas e finalmente
teremos também inclinações de êxito por banda dos que não ganhando nada, sempre
entendem estar no pódio. De entre todos estes modos triunfais de festejo,
alguns poderão ser frios e secos, outros quentes e secos, mas em suma far-se-ão
transversalmente mais espessos e convictos de modo a tornar o amargo em doce e
o doce em mel. E da atitude de tantos e tão diversos humores resultarão sem
dúvida muitas futuras vigílias, pensamentos inquietos, sonhos realizados ou por
realizar, no fundo esta diversidade de vitórias produz outra tanta diversidade
de efeitos. Mas não importa nada este destino pois que jogo ganho por todos,
mesmo sendo estranho e produzindo várias formas de loucura e alucinação, há-de
ser coisa da qual se falará no seu devido lugar, isto é, no nosso futuro
quotidiano de incertezas e dúvidas quanto aos remédios e curas que nos serão
aplicadas. É muito difícil – confesso – poder discernir de onde provêm tantas
vitórias, as naturais e sobretudo as sobrenaturais, mas lá que elas existem,
existem. É talvez por isso que o meu coração está agitado, custa-me muito
entender gente possuída!
Mário Rui
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