E
como este ano se comemora o 50.º aniversário da fundação da Escola Industrial
de Estarreja, aqui estou hoje a falar dela e a deixar-vos um pequenino
testemunho do que foi, lembrando uma velha foto que retrata gente de então,
tudo colegas de qualidades requintadas que só podem ser preservados pelo
manuseio delicado das suas recordações. Se eu pudesse lesar o tempo mas sem
matar aquilo que é eterno, voltaria hoje aos bancos dessa Escola pois tenho a
certeza de que teria mais a ganhar do que a perder. Com esta turma, a 5.ª, de
1965/66, e com as restantes cinco, a quem igualmente aponto o dedo inteirinho
de agradecimentos pelo bem de costumes e parcerias amigas que imortalizaram,
fiéis companheiros, elas e eles, de tantas mocidades. Todos abrimos, em 1965 e pela
primeira vez em Estarreja, a porta da E.I.E, sítio onde depois sentámos a nossa
fortuna por termos aprendido com professores, pessoal administrativo, auxiliar
e tantas outras pessoas a que não aludo por me faltar tão-só a memória que não
o respeito que lhes devoto, grupo enorme de interesses comuns e de boa-fé que
nos mobilou a alma e o espírito de ensinamentos para a vida. Mais não digo
porque esta instrução secundária não foi apenas um método, foi sobretudo uma
enciclopédia de vida, uma preparação e uma verdadeira ginástica ensaiadora do
que afinal viemos a ser e porque assim foi e é, melhor será acabar antes mesmo
que vá de enxugar os olhos marejados. Não há poesia mais bela que a recordação;
volta, minha Escola!
Mário Rui
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