Costa
e Passos trocam acusações sobre a responsabilidade pela vinda da troika.
Lamentavelmente
esta é a manjedoura onde os políticos portugueses continuadamente se estiolam a
trincar a palhada clássica. Conheço bem o nome dos (des)governantes que fizeram
este Portugal que vemos,(des)governantes que nos obrigaram a abrir ainda mais a
camisa por forma a que pudéssemos limpar o súor abundante do nosso
descontentamento, mas sem que tivéssemos encontrado refresco que nos aliviasse
o peso de carregarmos uma terra que, em tempo de eleições, insiste em lutas da
política intestina. De facto, o que foi verdadeiramente inconstitucional foi
chegarmos à bancarrota. Agora já não importa tanto esgrimir razões a propósito
dos narcóticos que alguns injectaram no país levando-o ao charco, importante
era pôr desde logo a honestidade política na moda, especialmente neste tempo de
campanha eleitoral, discutindo coisa séria e dada à compreensão e melhor vida
dos portugueses. Não é com discursos de auto-satisfação eleitoralista que se
constroem pontes que permitam ao mensageiro levar a mensagem que governe o país
e assim sendo não comunicaremos. Estou farto de tanta incomunicabilidade e de
tanta vaidade política em altura de voto que por aí se passeia impunemente.
Mário
Rui
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