Fiquem
os mais velhos com as velharias e os novos com as novidades. De facto vai ser
necessário algum tempo para que os arqueólogos possam vir a compreender que
estas lendas tinham também uma legenda. Pois então que estudem estas
peculiaridades de tempo ido, essas zonas de encontros, desencontros, rotinas
que se repetiam e inovavam, sons onde os problemas eram esquecidos ou então
enfrentados. Estudem muito a especificidade do modo como se ouvia e vivia,
procurem interpretar bem o eixo destes modelos já que eram eles que pautavam o
nosso comportamento, as nossas irmandades e assim marcavam a nossa identidade.
Rituais que abriam portas por onde o sol entrava e a música se fazia sentir
abrangendo, nas suas formas maviosas e às vezes solenes, a verdade de um só, de
um grupo, ou tão-só de momentos “históricos”.
Mário
Rui
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