Só
anseio pela medida certa.
Há
três coisas que eu não entendo no que toca às recorrentes disputas entre o Governo
vs Tribunal Constitucional. A saber:
1.- mas porque razão ao bicho-carpinteiro do zelo
governativo só dá para desassossegar sempre os mesmos tristes, os que menos
têm?
2.- que divindade foi essa que um dia por via das
tribunas parlamentares decidiu indicar o nome dos juízes com assento no TC?
Será que a arte de julgar precisaria dessa “corajosa dedicação” dos políticos para
o desempenho do seu papel? Mas que necessidade é esta? Para a boa vontade de
tal dedicação, eu julgo já ter encontrado explicação; chamar-se-á tentativa de
acatamento? E então o poder judicial também não se desabituará, assim
aparecido, de fazer o seu trabalho bem e livremente?
3.- a adição da ficção governativa, mais a da “bondosa” proposição dos nomes e mais a da respectiva aceitação nominal do TC, não dará também soma com epilepsia?
Em
suma, eu, sofredor e manso, mas de bons modos, muito gostaria de ter alguém a
convencer-me do engano das minhas convicções e faltas de saber. Sim, se afinal
conheço médicos que têm um tempinho por dia em que dão consultas de borla aos
doentes pobres, porque razão outros tantos não praticam igual caridade com os
ignorantes de bons modos? Quer os explicadores sejam políticos ou mesmo juízes…
todos juntos e em movimentos mais desmistificados, talvez nos livrassem do
monstro que se abate sobre nós todos. E depois os presentearíamos com os nossos
indeléveis agradecimentos.
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