Bom, neste planeta que habitamos
há sempre um dia para tudo. Desta vez é o dia mundial sem carros. Não que
esteja contra estas celebrações mas acho que algumas têm custos que quase nunca
são contabilizados no cálculo da “eficácia” do investimento . Estou à vontade por
assim entender já que na maior parte dos dias que por mim passam, ando a pé e o
carro fica assim sem companhia e acho que muito bem. Até gosto, e o carro, essa
máquina infernal do progresso, também não se queixa. Em todo o caso, devo acrescentar
que neste particular do dia mundial do pópó, estamos em presença de mais um
efeito dessa coisa a que resolveram dar o nome de globalização, destino
irremediável do universo, processo de resto irreversível, mas não deixando de
pensar que estas modas mundiais, na maior parte das vezes, tendem a um mesmo destino; quanto mais
experiências pretendem explicar, mais opacas se tornam. Pois, a globalização
tanto une como divide e é por isso que, para não dividir, vá então a pé fazendo
assim a vontade à tal mundialização, mas não se esqueça de unir-se a outros dias
não tanto de coisas mas antes de seres humanos de modo a libertar-se de todas as
ansiedades geradas pelas inúmeras e estranhas dimensões determinantes da nossa
existência actual. Quando for a pé, pense nisto. Se quiser vá de carro, mas não deixe de pensar
pois tanto pode achar que existe como que desiste. É consigo!
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