Vítor
Pereira no centro
Antes
do início do dérbi, que o Olympiacos perdeu por 2-1, Vítor Pereira aproximou-se
de uma das balizas, situação que acabou por desencadear a ira dos adeptos da
equipa da casa, que de imediato lançaram fumos e tochas para a zona onde estava
o técnico. A situação ainda ficou mais tensa quando a claque forçou a entrada
no relvado, ainda antes do início do jogo, levando a que a comitiva do
Olympiacos e os jogadores que faziam o aquecimento tenham corrido para o túnel
de acesso ao relvado.
Coitadinho
do Vítor. Como exemplo de bom treinador, fez aquilo que qualquer bom treinador
faz em qualquer parte do mundo, antes mesmo do início do jogo. E então foi
pacificamente até à baliza à frente da bancada das claques adversárias, a
escolha da “gateira” não é arbitrária, como de resto estipula o regulamento
oficial. Munido das habituais ferramentas usadas para a corriqueira inspecção
ao “galinheiro” que fica mais perto da claque do rival, que todo o ‘mister’ que
se preze deve fazer, de resto função que lhe está cometida de modo a que depois
possa enviar o relatório da auditoria para a FIFA, começou por medir a altura
da relva à boca da baliza, depois passou à verificação da cor e espessura da
tinta da mesma, sendo o passo seguinte, sempre conforme as regras, a medição do
ângulo entre o poste e a trave. Até aqui, tudo normal. Finda a inspecção ao
tamanho da malha da rede da baliza, preparava-se para fazer o cálculo da
distância entre esta última e o primeiro adepto do Panathinaikos, item final a
observar segundo o check-list imposto pela FIFA quando, sem contar, e depois de
se ter despedido dos tais adeptos rivais com um respeitoso “muito obrigado e
boa noite”, lhe começam a chover em cima fumos, tochas e fogo. Conclusão disto
tudo; os adeptos do Panathinaikos são uns parvos pois não se dão bem com tanta
educação do treinador português. Ah, mas também é de considerar que o Vitor não
deve ter medido bem as distâncias, as verbais, aquando da última verificação
efectuada. Mas disto não vejo alusão na imprensa pelo que o problema deve ser
mesmo dos gregos que por certo se dão mal com certas “educações” estimadas e
catequizadas, carago, em outros tantos relvados. Coitado do Vitor.
Mário
Rui
___________________________ ___________________________