Adoro
as entrevistas do senhor vigário Freitas do Amaral. Um homem, um passado, um
testemunho da história. Cito apenas alguns assuntos por ele recorrentemente
abordados a cujo conteúdo o meu ego não resiste; “coisas da vida”, “utopia ou
precipício”, “comunismo estalinista e socialismo”, “democracia representativa”,
“irracionalidades do capitalismo”, “revoltas modernas exemplares”, “algumas
objeções comuns”, “o domínio crescente do espectáculo”, “excitação preliminar”,
“descobertas pessoais”, “intervenções críticas”, “o estilo insurreccional“, “o
escândalo de Bruxelas”, “reformas e instituições alternativas”, “inconvenientes
do moralismo”, “vantagens da audácia”, “momentos decisivos”, “causas das
diferenças sociais”, “auto-organização popular”!!! Tudo coisas ao jeito de Ken
Knab em “A Alegria da Revolução”. Verdadeiramente robustíssimo, FA,
verdadeiramente valentíssimo, embora pelejando pelos homens, fica-se sempre
pela luta contra os ventos, os mares, as marés, contra o Céu, contra o Sol. A
democracia-cristã e a social-democracia estão atónitas. Como é que perdemos uma
figura destas, perguntam. O socialismo agradece a coroa, ou coroas, que foram
postas sobre a cabeça de tão eminente Salomão.
Mário
Rui
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