Os labirintos da memória – “vanitas vanitatum et omnia vanitas”
“Eu
não guardo memória”, “Em sã consciência eu não sabia.”
Audição
de ontem – 26 de Fevereiro - na comissão de inquérito ao BES/GES
Uma
memória assim não é certamente material para uma sociedade, razão pela qual o
grau que a caracteriza a torna incapaz de racionalidades que a possam ligar ao
respeito das outras pessoas.
Mas
também há um país que não se respeita a si próprio, um país que permite estas
obscenidades, que mais se assemelham a copulações interactivas, que insiste em
deixar incólumes virulências desta natureza, é um país que só ajuda à
destruição das suas próprias e necessárias imunidades que façam frente a esta e
a outras doenças semelhantes. Falta de memória, virulência, terrorismo, tudo em
doses devastadoras que nos fazem perder a ideia de pátria. A bolha de sabão que
brilhava à frente deste senhor, tornou-se água vulgar, pese embora até podermos
perceber este “fantasma da perfeição”. O que jamais perceberemos é o
esquecimento a que certas consciências se arrogam e para o qual só haverá
porventura uma explicação: esquecimento assim construído é apenas o último
refúgio dos canalhas!!! Principalmente quando as guerras do ego e da vaidade
adoecem a razão.
Mário
Rui
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