O
que mais me preocupa é saber que crescem como cogumelos os obedientes à
selvajaria, os reverentes às chacinas causadas a inocentes que se congregam tão-só
em torno de horas felizes. Depois, bem, depois chegam os cavadores de abismos,
loucos por uma religião que os habita julgando eles que tal prática fará o seu
trabalho messiânico. Alienados, tresloucados, é o que são. A nada ser feito
contra isto, cada vez ficaremos mais tolhidos pelo aperto destas serpentes. E
fico pensando no que fazer. Não sei bem, mas tenho a certeza de que
ninguém quer um bilhete grátis para
estas viagens mortais. Então, talvez esteja na hora de dizer aos bárbaros,
porque o que vemos é uma poderosa e trágica verificação de tristes realidades,
que chegou o momento de lhes cortarmos a seiva do mal. Como? Evitando uma
potencial dissolução do mundo social. É só darmos uso ao nosso próprio mérito
pois ao invés só mostramos demérito. Como? Se calhar com tudo o que temos à
mão, antes mesmo de permitirmos que nos perguntem se agora queremos que nos
tirem antes um olho, uma perna, um braço ou a própria vida. E na perseguição
desse objectivo, um mundo melhor, se assim não for, qual será então o meio mais
adequado para alcançarmos uma dignidade mundial a contento? Alguém sabe? Digam-me,
então!
Mário Rui
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