PAN
é contra o voo da águia Vitória no Estádio da Luz
O
deputado André Silva critica a utilização de "animais para
entretenimento"
Lá
está. Mais um que nos fazia imensa falta. Tal como acontece com a Vitória, a
este também lhe deram um poleiro doirado e vai daí que convenha ganhar asas,
embora as queira ‘cortar’ à águia, bater as palmas das mãos nas coxas, martelar
o chão com cadência, tudo isso olhando nos olhos dos domesticadores de animais.
E, se possível, com ares de guerreiro irritado, do tipo intimidação, à maneira dos
grandes macacos. E já agora porque não acabar com o voraz apetite de quem come
sardinhas fritas? E ainda porque não acabar com o enclausuramento daqueles
organismos tenros, como as plantas, quando tanto
carecem de luz e de ar para se desenvolverem. E porque não conceder eloquência
à formiga? E as gatas, que não têm nenhum projecto de vida construído? Não
precisam também de ajuda? Então e o leão envolto em costura bordada de camisola
às riscas verdes, lugar de pesadelo, que assim vê a raiz da sua honra atacada?
Não devia ser reabilitado? Ah, e o dragão afastado do seu habitat e preso ao
devorismo dos adeptos azuis? Não dá para o pôr a cuspir fogo? E a natureza,
PAN? Não se dá um jeitinho nas pobres vinhas filoxeradas e até mesmo nos
olivais ferrugentos? Pois, a águia, essa ave que dá bicada e crava garras nas
nossas artérias, que vá para casa. E de caminho, contra o dilúvio crescente da
tolice humana, não se arranja hora para tratar de alguns animais com assento no
Parlamento?
Mário Rui
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