E
se cansado eu estivesse das coisas por que luto mas também das que não dão
lida, jamais das primeiras me faria estranho posto que em tão desesperada luta
em que alguns se vão, deles me ficam suas consciências invioláveis.
Imaculadamente votado aos outros, era ver-lhe o riso e a sabedoria para cada
efeito cénico da vida, destilando palavras amigas que repercutiam sinceridades.
Era assim o ‘Nelsinho’, e hoje veio-me à memória o cortesão que ele foi,
fecundo de afectos e boas graças, simples como são os que dão prova de aptidões
singulares. Em resumo, para se ser alguma coisa cá na terra, é indispensável
ser-se simples! E o CDE ganhou, Nelsinho! Foi mais um golo de uma pegajosa
alegria que sei interessar-te, golo feito em desenho que se arroga teu pois foi
marcado por todos nós, só para ti. Vês como não me canso das coisas por que
luto? Um abraço.
Mário Rui
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