Ó senhora dona Teodora!
Porque fala p´ra fora?
A presidente do
Conselho de Finanças Públicas, Teodora Cardoso, deixou aos deputados do PSD uma
nova forma de cobrar impostos no pós-troika: taxar os levantamentos que são
feitos nas contas bancárias onde são depositados os salários e as pensões. (…)
http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=102012
São muito poucos
aqueles a quem sobra dinheiro no fim do mês. Bem pelo contrário, sobra-lhes é
mês no fim do dinheiro. Ainda assim, esta senhora diz que este seria um
«imposto virtuoso», que incentivaria a poupança, como se de facto houvesse algo
mais a poupar por parte dos que recebem rendimento pelo seu trabalho ou dos que
recebem pensões. Diz mais; «um imposto sobre o dinheiro que se levante de
contas de salários e de pensões não é um imposto sobre salários e pensões»!
Pois não! Tem toda a razão. É antes um saque! Mas pior ainda; o imposto não
incidiria sobre transferências para off-shores, nem sobre operações
financeiras, nem sobre operações especulativas. Seria tão-só para extorquir das
contas ordenado e das pensões, afinal as contas onde se guarda o pão, o açúcar,
o arroz, o dinheiro para pagar a saúde, a escola dos filhos, a habitação, o
gás, a electricidade e por aí fora. Tudo bens de luxo, como é óbvio!.
Transferências para off-shores, operações financeiras especulativas, isso sim,
é o alimento que nos sustenta e portanto nos enche a barriguinha. Não se lhes
toque! Acrescenta a dita; «É muito inovador. Ainda não vi ser aplicada esta
ideia em lado nenhum. Mas é preciso ter ideias». Ideias deste calibre? Mas é isto
uma ideia inovadora? Não percebo porque razão é que há tão poucos imbecis a
governarem tanta gente formidável. Se estou a chamar idiota a esta senhora?
Não! Estou apenas a convidá-la a sair desse estado de idiotice política. Vou
riscar do meu eu mais uma convicção que julgava como adquirida e correcta ; já
nem a idade traz sabedoria, cultura social e inteligência, coisas que
antigamente se obtinham com o passar dos anos. Agora são as famílias do meu
país, que já tudo deram a um Estado esfaimado, que ainda vão pagar mais pelas
maldades da horda que tudo exige! Ou seja, família, passou a ser vocábulo com
novo significado no dicionário de português; “bode expiatório providencial de
todos os fracassos de novos e velhos políticos de Portugal”! De alguns novos,
estava já eu desenganado, dos mais idosos concluo agora que afinal existem uns
tantos que são também eles apenas um grande armazém de enganos. Isto não é
democracia representativa coisíssima nenhuma! Isto é representação política dos
interesses!
Mário Rui
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