Qual
jornalismo? (Ler
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Esta
imagem já correu algum do nosso mundo, tendo-lhe sido aposta uma legenda em que
se dizia que o Presidente do Uruguai, José Mujica, como qualquer outro simples
cidadão do seu país, estaria numa unidade hospitalar a aguardar pacientemente
uma consulta médica. Não é relevante, para o caso, de que se ocuparia neste
momento o Presidente mas, afinal, importante é perceber-se do modo como o que
se escreve, associando o verbo à imagem, pode em muitos casos ser algo que
resulta da tentativa de conquistar o que quer que seja em lugar de se defender
jornalismo sério. É como que jornalismo de escaramuça à laia de mercenário
negando quase tudo o que não seja verdadeira manipulação da opinião pública.
Obviamente que nestas situações tais adulterações jornalísticas servem
propósitos bem definidos e os mais avisados até os entendem. Acontece é que,
admitindo com alguma bondade a não conivência do Presidente quanto ao objectivo
pretendido, o exemplo dado com este caso, demonstra bem a tanga nova, ou velha,
que se quer incutir aos mais incautos, fazendo assim crer a esses o patronato
próximo de um qualquer político, para já não falar do esforço feito na quase
divinização de alguns líderes, mascarando-os de dedicações humanitárias que não
raras vezes não possuem de facto. É apenas por este lado que me interessa esta
não notícia e não mais que isso. Não importa o sítio onde se faz jornalismo
deste calibre, importa sim dizer que, em muitas redacções espalhadas por esse
mundo, apenas há redacções gratuitas, cheias de défices e onde a política quer
absorver todo o labor dos cérebros-leitores, até mesmo os dos mais lúcidos. Boa
sorte para o desempenho do Presidente do Uruguai, país que por ora rejubila com
o futebol e com outros pontapés.
Mário Rui
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