Vi
o rosto emocionado de um comentador quando, há instantes, na sua crónica
semanal, se dirigiu a mãe sózinha e sofrida, desejando-lhe o Natal possível.
Até eu me arrepiei, sobretudo por ter percebido que aqui e ali, felizmente, a
sensatez humana ainda vai podendo contar com exemplos de boa natureza. Gostei
de saber que embora haja batalhas não já vencidas, mas que se hão-de vencer,
sempre há sentimentos que não se acanham nem se escondem por detrás das luzes
da ribalta mas antes se oferecem desinteressadamente aos futuros das pessoas
que esperam mais risonhos dias. E esta pequenina história a que assisti, ditas
as palavras, durou escassos segundos de silêncios e olhares, e esta história
foi o silêncio de todas as outras histórias. Mesmo que entre os aplausos
algumas críticas se façam ouvir por parte de outros tantos que igualmente
assistiram ao que eu assisti, uma coisa me parece certa; esses “gemidos” também
fazem harmonia posto que hoje, Marcelo, teve estrondo na voz e verdade na
significação. O homem subiu na minha consideração! Eu gosto dos que não se
acomodam aos estilos da corte mas ao contrário se alistam nas dificuldades do
mundo.
Mário
Rui
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