Já
são tantas as vezes que a água potável escasseia, ou melhor, não há, durante
horas e horas a fio, em algumas zonas de Estarreja, que melhor talvez seja
voltarmos a lançar mão do engenho – primeiro o mental, claro, depois o do
século passado - pois está visto que esta ausência, somada à falta de respeito
por quem paga e nunca é ressarcido pelos prejuízos daí decorrentes, sarcasta
até à tortura qualquer calmo cidadão! De facto, e em alguns casos,
(in)felizmente, há certos poços que nunca secam...
Pode
haver avaria, desarranjo, improbabilidade de êxito no que toca à solução do
problema, tudo isso eu compreendo, só não entendo é o sacarrolhar de deveres
aos outros mas nunca o testemunho público de desculpas por parte dos fiadores
do compromisso, desde logo pelos obscenos dísticos dos preços que se entrelaçam
de ilusões, pois que de tão nutrientes para alguns, também deveriam servir para
prestar agradecimentos às provas de benevolência que os “sem-água” ainda
mantêm. Resta saber até quando já que, por mim, começo a fazer adeusinho às
relações que este cortejo de falhas representa, despedida que é a minha sincera
expressão de enfado por toda esta galeria de figuras de cera!!!
Mário
Rui
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