Claro
que nada me move contra o senhor Eduardo Barroso e portanto não é dele que
quero falar. Apetece-me é dizer que leio com alguma frequência o jornal i e
começo a ficar cansado por ter de dedicar letramento a revista cor de rosa.
Jornal, deve ser leitura que oriente a opinião da semana, algo que consista em
informar acontecimentos de importância geral, ou de notoriedade incontestável,
e não gazeta que sacie curiosidades ociosas. Mas esta é a minha expectativa
quanto ao prazer de leitor e à necessidade de informação e se quiserem não lhe
dediquem muito crédito, mas deixem-me desabafar assim. Averiguada a falta de livros que por aí anda,
eu apostaria no desenvolvimento de jornalismo didáctico em lugar de desmandos
do jornalismo contemporâneo. Não me interessam fait divers, toilettes,
passagens de carácter exclusivamente pessoal , graças mundanas e muito menos
intimidades. É uma abdicação total do conveniente em favor do fútil e daí que,
ainda que amavelmente céptico, eu passaria tudo isso para a tal revista do
social que muito leva em conta as preocupações estéticas dos colunáveis. Disse!
E qualquer dia não dou mais um centavo ao i.
Mário
Rui
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