Por
toda a banda onde duas infâncias, juventudes e depois adultícias se encontrem,
essa cumplicidade ressalta sendo impossível dizer-se ao cabo de tantos anos que
há existências esquecidas. Não, não há, e entre o novo e o velho, o ontem e o
amanhã, felizmente há sempre um hoje de uma intenção comovida que protege a nossa
fisionomia conivente. Não serão muitos os que têm o orgulho do seu lugar e das
suas raízes porque às vezes, bem sei, a vida complica-nos de coisas súbitas e
desagradáveis. Mas sabermos que temos um amigo que connosco relê o que deixámos
escrito, seguramente também o que se virá ainda a escrever, é compadrio de luxo
que garante a compilação da obra que nos falta compor. Assim tenhamos tempo e
frescura de vigores para essa vida interior que nos sobra por cumprir, porque
vontade para o fazer, na justa e fiel proporção do que fomos e somos, não nos
falta. Mais de metade da nossa publicação está feita. Obrigado, Jose Luciano, a
sério, pela página acrescentada hoje à tarde!
Mário
Rui
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