A ideia de união parece estar
irrevogavelmente condenada a permanecer ambígua. Posso estar a ver mal a coisa
mas julgo que interpretar a união como sendo um fardo e não um privilégio, não
augura nada de bom. Pior ainda é assistir ao arrefecimento desta adesão
justamente no momento em que a Europa está mais quente e ávida de laços que, ao
invés de fortalecerem, mais negligenciam o presente e nos fazem temer o futuro.
E como uma história tem sempre dois lados, convirá também lembrar que David
Cameron em muito terá contribuído para a descrença britânica relativamente à
União Europeia quando, no tempo de Tony Blair, emparceirou na vaga
antieuropeísta durante a sua rota política contra este último. Parece que tudo
se paga nesta Europa. Do “Brexit”, infelizmente estamos conversados. Agora é só
esperar que não apareça por aí um “Frexit” ou, quem sabe, um “Prexit”. É que
por cá há igualmente muitos que confiança é o que menos oferecem e lealdade é o
que deles menos se espera.
Mário Rui
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